Jesus é a nossa Luz

"Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte. Transfigurou-se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz." (Mt 17:1-2)
Atualmente ainda é muito comum ver Jesus como uma simples figura histórica que praticou o bem e espalhou uma mensagem de amor. Essa ideia não está errada, mas quem se limita a esse pensamento só conhece Jesus por fora. Nós, católicos ortodoxos ou católicos romanos, conhecemos o Senhor por dentro, porque não só tentamos seguir a mensagem por Ele transmitida, como também nos unimos inteiramente a Ele por meio dos Santos Sacramentos, especialmente o da Eucaristia.
Um problema que se tem verificado no nosso tempo é as pessoas se afastarem da Santa Igreja por sentirem uma frieza muito grande por parte daqueles que a frequentam e também dos próprios sacerdotes. Realmente, estas situações podiam ser evitadas, até porque o próprio Jesus diz que "nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu" (Mt 7:21). A única coisa que Deus quer da nossa parte é ser adorado "em espírito e em verdade" (Jo 4:23). É algo tão simples, mas ao mesmo tempo tão esquecido…
Por outras palavras, podemos concluir que este ensinamento de Jesus se resume na seguinte reflexão: não é por uma pessoa ir à Igreja todos os dias e fazer terços sem fim que terá a salvação da sua alma. Os verdadeiros santos são humildes e nunca se julgam superiores aos outros. São João Paulo II disse uma vez que "ser santo é lutar contra o pecado todos os dias". É importante perceber que enquanto nós temos a tendência de julgar segundo aquilo que vimos nas pessoas, Deus olha primeiro para o que está no nosso coração (1 Sm 16:7).
Esta passagem do Evangelho que nos fala sobre a Transfiguração quer nos mostrar que é Jesus quem nos santifica quando nos deixamos inundar pela sua luz. É o Espírito Santo que incendeia o nosso coração e o enche de fé, esperança e vontade de fazer o bem aos que nos rodeiam. Nós temos a certeza de que Nosso Senhor Jesus Cristo voltará um dia e separará os bons dos maus, segundo aquilo que cada um fez nesta vida (Mt 25:32-33). No temível dia do Juízo Final, seremos com certeza surpreendidos pelo destino da alma de várias pessoas que aparentavam ser aquilo que não eram. Na verdade, já Jesus dizia que a porta que nos leva à vida é estreita e poucos são os que seguem esse caminho (Mt 7:14).
Seminarista Marcelo Levi